Comissão de Constituição e Justiça deve ser liderada por um nome moderado, sem vínculos diretos com a esquerda ou a direita
Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), atual favorito na corrida pelo Senado Federal, sinalizou que o PSD deverá assumir o comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) em 2025, caso seja eleito. Esta decisão ocorre em meio à pressão do PL, partido de Jair Bolsonaro, que almeja a liderança da importante comissão.
Atualmente, o PSD, partido do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), possui a maior bancada na Casa Legislativa e está comprometido em apoiar a candidatura de Alcolumbre nas eleições legislativas de fevereiro de 2025. A CCJ é crucial, pois é onde tramitam os projetos de lei antes de serem debatidos em plenário.
Recentemente, o PL tem exercido pressão para obter o controle da CCJ, argumentando que pode expandir sua bancada com a filiação de quatro novos senadores até o final do ano. O partido deseja a liderança da comissão para o senador Marcos Rogério (PL-RO). Contudo, Alcolumbre já sinalizou sua intenção de atribuir o comando da CCJ ao PSD.
O objetivo de Alcolumbre é evitar conflitos com o Palácio do Planalto, que também apoia sua candidatura. A proposta é que a CCJ seja presidida por um perfil moderado, sem afiliações diretas com a esquerda ou a direita.
Nos bastidores, aliados de Alcolumbre sugerem que o PL poderá ocupar o posto de vice-presidente na próxima gestão, com o senador Eduardo Gomes (PL-TO) como o nome mais cotado para o cargo.
Alcolumbre conta com o apoio de ambos os espectros políticos na disputa pela presidência do Senado. Além dele, a bancada feminina também está planejando lançar uma candidatura. O PL, que não conseguiu cargos de destaque na atual gestão após lançar uma candidatura própria anteriormente, parece inclinado a apoiar o candidato preferido para garantir uma posição relevante na nova administração.
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