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Lula Defende Criação de Moeda Alternativa ao Dólar nas Transações dos BRICS

Foto do escritor: Roberto JúniorRoberto Júnior

Atualizado: 1 de dez. de 2024

Presidente ressalta a necessidade de um sistema financeiro multipolar durante Cúpula dos BRICS 2024



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou a importância de avançar na criação de uma moeda alternativa ao dólar para transações comerciais entre os países dos BRICS, durante seu discurso por videoconferência na Cúpula dos BRICS, realizada entre os dias 22 e 24 de outubro, em Kazan, na Rússia.


Lula enfatizou que a mudança é essencial para refletir a "ordem multipolar" que o bloco defende também no sistema financeiro internacional. Segundo ele, a implementação de meios de pagamento alternativos entre os países do BRICS não pode mais ser adiada.

"Agora é chegada a hora de avançar na criação de meios de pagamento alternativos para transações entre nossos países. Não se trata de substituir nossas moedas, mas é preciso que a ordem multipolar se reflita no sistema financeiro internacional", afirmou Lula.

BRICS e a Nova Moeda: Desafios e Oportunidades

A discussão sobre uma alternativa ao dólar tem sido um dos principais temas da Cúpula dos BRICS em 2024. O projeto "BRICS Bridge" visa criar uma plataforma de pagamento digital entre os países do grupo, reduzindo a dependência do sistema Swift e promovendo maior autonomia financeira.


Além disso, os países do BRICS também estão focados em fortalecer instituições financeiras próprias, como o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), que já está em operação sob a presidência de Dilma Rousseff. Lula destacou o papel do NBD na promoção de infraestrutura para as economias emergentes, com uma governança baseada na igualdade de voto, sem imposição de condicionalidades.


Por que a Criação de uma Moeda Alternativa é Importante?

A criação de uma moeda alternativa ao dólar é vista como crucial para reduzir a influência do sistema financeiro ocidental, que é dominado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pelo Banco Mundial. Essas instituições têm historicamente imposto condicionalidades que aprofundam disparidades entre as nações.


Lula reforçou a urgência de encarar essa questão com seriedade e solidez técnica, mas reiterou que o processo não pode ser adiado por mais tempo.

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