Lula considera Arthur Lira para o ministério após 2025, enquanto Gleisi Hoffmann e Rodrigo Pacheco são cotados para fortalecer o governo

Com o foco nas eleições presidenciais de 2026, o Palácio do Planalto intensifica as discussões sobre uma nova reforma ministerial, com o objetivo de fortalecer a base política do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a segunda metade de seu mandato. Segundo fontes internas, as mudanças deverão ser pontuais, mas incluirão novos nomes, atualmente fora do governo.
Entre os principais cotados para assumir cargos no ministério, destaca-se a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), que deve deixar a liderança do partido no próximo ano. Especulações apontam que ela poderá assumir a pasta atualmente ocupada por Wellington Dias (PT-PI), que pode voltar ao Senado, onde foi eleito em 2022.
Outro nome prioritário nas articulações é o do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O Planalto avalia que uma posição de destaque no ministério pode aumentar a visibilidade de Pacheco, especialmente se ele decidir atender ao pedido de Lula para concorrer ao governo de Minas Gerais nas próximas eleições.
Por outro lado, a situação do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ainda é incerta. Embora tenha sinalizado que não deseja assumir um ministério diretamente, Lira pode indicar um nome de confiança para a equipe de Lula. Uma dificuldade apontada pelo governo é encontrar uma pasta que corresponda ao peso político de Lira, que deixará a presidência da Câmara em fevereiro de 2025. Em discussões anteriores, o Ministério da Saúde esteve no radar de Lira, mas Lula parece inclinado a manter Nísia Trindade na posição, considerando-a um importante trunfo contra as pressões do Centrão.
Em relação às eleições internas do PT, Lula sugeriu antecipar o processo para o início de 2025, mas Gleisi Hoffmann já manifestou intenção de cumprir seu mandato até o fim, em junho do próximo ano. Entre os possíveis sucessores de Gleisi, destacam-se Edinho Silva, prefeito de Araraquara, Paulo Pimenta, ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), e José Guimarães, líder do governo no Congresso.
Apesar das especulações, a reforma ministerial só deve ocorrer após as eleições internas do Legislativo.
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